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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Jogando: Jak 3 (PS2)


Se você perguntar pra grande maioria dos donos do console Playstation 3 qual o jogo que tornou famosa a softhouse  Naught Dog  provavelmente a resposta que você terá é Uncharted, o famoso game de ação-aventura estrelado pelo intrépido e azarado Nathan Drake, mas na verdade a empresa fez muito sucesso nos consoles anteriores da Sony com duas franquias de um gênero mais tradicional e juvenil: plataforma. No PSX, a Naught Dog estreou com pé direito com a franquia Crash Bandicoot, principal candidato a mascote do primeiro console da Sony, teve uma penca de jogos lançados e vendeu bastante, pesar da moda dos mascotes já estar entrando em desuso na época.
Aparentemente o estúdio perdeu a propriedade do personagem na era PS2 para a Radical Entertainment (que em minha opnião terminou de destruir com a marca, devido aos trocentos jogos de qualidade duvidosa no PS2), mas não perdeu o talento para desenvolver games legais e lançou mais um (ou melhor, 2) personagem que conquistou os fãs do gênero e se tornou um dos sinônimos de PS2 na época (junto com as série Ratchet e Clank e Sly Cooper): Jak & Daxter. O jogo misturava plataforma com tiros (principalmente a partir do 2º game) e minigames variados e conquistou rapidamente seu espaço como uma das principais exclusividades da Sony.
A série principal rendeu 3 games e mais alguns spin-offs  (como Jak X, que mistura corridas a lá Twisted Metal com mundo aberto) sempre bem recebidos pela crítica graças a seus bons gráficos e jogabilidade e conta as (des)aventuras da dupla de herois.


Bem, depois desta delongada pra variar apresentação vamos ao jogo em questão: Jak 3, teoricamente o final da trilogia  que formaria a série (que como todo sucesso de vendas não pararia em apenas 3...) repetiu a fórmula de plataforma e tiros do 2º game porém como toda sequencia deveria ser, aumentou consideravelmente todas as características de sucesso do antecessor: mais armas, mais habilidades, mais veículos, mais lugares para explorar com estrutura  que lembra uma versão juvenil-fantasiosa de polêmica franquia GTA, já que se tem uma grande área que pode ser livremente explorada e missões não-lineares. 


Confesso que plataforma não é um estilo de jogo que me atrai devido a característica infantil e repetitiva que grande maioria destes games sofre e com Jak não é diferente. O visual do game é bastante colorido e os personagens  e enredo são bem juvenis, por assim dizer e mesmo repleto de tiroteios o clima é bem “Disney”. Por isso estava bem no final da lista de prioriadades de aquisição em minha humilde coleção, apesar do título figurar facilmente em qualquer lista de “must Plays” do console. No entanto, numa “garimpada” entre os leilões do Mercado Livre acabei encontrando o 3º game por um preço irresistível (algo similar ao que me ocorreu com Sly Cooper, que em breve aparecerá por aqui também)  e arrematei, até porque tinha ficado com certa curiosidade acerca do game já que todo mundo falava bem. 


No entanto quando joguei pela primeira vez, admito que não em impressionou nem um pouco. Os gráficos e as animações são muito bem feitos mas no começo não me empolgou. Pra piorar, o fato de não ter acompanhado os game anteriores não me deixava simpatizar pelos personagens que apareciam na história já que em se tratando de uma continuação direta, não necessitavam de apresentações. Um ponto positivo foi o fato do jogo contar com suporte a legendas em português (de Portugal), coisa rara no PS2. Joguei completei algumas missões mas logo o jogo estava no canto do armário, fadado a ser a ultima opção, só jogada quando não tivesse mais alternativas...O que significaria um bom tempo “de molho” já que chegariam a minhas mãos  RPG’s como KH 2, FF XII, Persona 3 e FFX...


Mas uma vantagem de se ter uma coleção somente com jogos originais é que você realmente TEM que acabar jogando cada game que compra pois chaga uma hora em que não se tem mais alternativas e é preciso compensar o dinheiro investido. Daí dei mais uma oportunidade para o game e até que olhando com mais calma comecei a perceber que o jogo não era tão ruim assim. Depois das primeiras missões na cidade rodeada por deserto de Spargus, o jogo te leva a vários outros cenários como a cidade de Bastião, uma floresta, um templo rodeado de ilhas e até incursões no espaço, todos bem variados e com clima próprio. Jak e seu parceiro Cômico Dexter  podem controlar vários veículos como bugs com capacidade de saltar, tanques, naves, além de um jetboard que o protagonista carrega na maior parte do game. Além disso, o game tem uma variedade interessante de armas de tiro que começam simples mas com o avanço do jogo recebem upgrades  que assumem diversas funcionalidades como tiros teleguiados, que ricocheteiam, paralisam inimigos e até uma espécie de bomba nuclear portátil, tornando bem divertido detonar os inimigos no final do jogo. Um ponto negativo ao meu ver é a falta de um sistema de “lock” no estilo Zelda. O personagem mira automáticamente nos adversários, mas é preciso estar de frente para eles. Como a câmera está em constante movimentação, não necessariamente acompanhando o personagem, (outro defeito irritante para mim), muitas vezes o sistema acaba atrapalhando nos momentos em que se está rodeado por inimigos, mas com o tempo você se acostuma, mas um sistema de mira similar ao de Zelda melhoraria bastante.


 Além das armas e golpes normais, Jak ainda conta com poderes do “lado negro” e “da luz” que permitem ao personagem realizar vários ataques e habilidades diferentes como ficar invisível, lançar golpes de energia, criar compôs de força e até voar. Tudo isso dá uma grande variedade nas missões, porque geralmente não existe uma forma obrigatória de se passar pelas fases. Adcione ainda os vários minigames que sugem em alguns níveis como tiros “on rail”, uma versão de Pacman com Dexter, corridas “time Trial” e algumas missões em que se joga com o parceiro peludo de Jak, que apesar de curtas são bem diferentes dos trechos “normais”. O ponto negativo é que na maioria das vezes o jogo não dá orientação alguma sobre o que se tem de fazer nos minigames, forçando o jogador a aprender na prática-e rápido.
A história, mesmo vista do final, já que não joguei os anteriores, é até interessante com direito a reviravoltas, mas sem fugir dos clichês do gênero como o vilão óbvio, muitas piadinhas e final açucarado. O áudio é competente e faz bem seu papel, apesar de não se destacar muito, exceto pelas dublagens que são bem feitas.
 
Resumindo, Jak 3 é um excelente título de plataforma que consegue oferecer um gameplay variado e desafio razoável em um estilo tão comum. A estrutura de mundo aberto dá bastante liberdade à exploração e o grande número de extras e opcionais tornam o game obrigatório pra quem curte o gênero e merecedor de uma chance pra quem quiser experimentar. Vale a pena o esforço.

Prós:
  • Gráficos e modelos de personagens muito bonitos;
  • Mundo aberto;
  • Grande variedade de extras e itens colecionáveis;
  • Jogabilidade variada

Contras:
  • Pode ser repetitivo em alguns pontos;
  • O sistema de mira poderia ser melhor;
Nota: 8,0/10

Site oficial: www.jak3-game.com/

3 comentários:

  1. Parece um título interessante e os gráfico realmente parecem ser muito bons, eu não conhecia essa serie =/

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  2. Ae Rodrigo!^^ Oxe, nunca ouviu falar de Jak, Ratchet e Sly Cooper? São as séries de plataforma mais famosas do PS2.
    Sinceramente eu não curto muito o estilo mas este game realmente é bem legal. O começo eu achei meio repetitivo, mas conforme se avança são liberandos novos ambientes e meios de jogar e o game se mostra muito variado e divertido.Os gráficos são muito bons pros padrões do PS2 sim. Vale dar uma chance se puder.^^

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  3. Eu tenho o Jak 3 eo Jak X originais eu gosto muito da serie e verdade no começo não e muito bom o jogo mais quando vc avança um pouco mais no jogo ele e bem legal.

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