Jogando com o ouvido - Mirror's Edge - Still Alive

Ah alguns dias atrás tive a oportunidade de finalmente poder terminar o maravilhoso Mirror's Edge, um dos games mais injustiçados da década passada na minha humilde opinião. É incrível como tudo no jogo foi pensado nos mínimos detalhes e como a curiosa idéia de controlar uma especialista em parkur correndo acrobaticamente sobre telhados de prédios, estações de metrô e passagens subterrâneas fluiu tão bem! Na época do lançamento em 2008, lembro que alguém do saudoso Nownloading mencionou que o game era a experiência mais imersiva em primeira pessoa até então.Eu endosso essa opinião até hoje! Os movimentos e jogo da câmera fazem realmente o jogador se sentir na pele de Faith, a espirituosa protagonista do jogo. 

Uma curiosidade legal é que não houve captura de movimentos para o game, os desenvolvedores explicaram que até se tentou, mas não ficava legal na prática. Dai refizeram todos os movimentos em animação mesmo e ficou tão bom que ninguém acredita que não houve motion capture!

Cara, como são divertidos os combates em Mirror's edge!

Pena é mais um dos games com a síndrome de ICO (PS2): a crítica elogiou, quem jogou gostou, mas quase ninguém comprou. Triste porque é um jogo sensacional, que foge a mesmice que reina entre os jogos em primeira pessoa atualmente e a prova que estúdios como a DICE, famosa pela série Battlefield tem sim idéias criativas e divertidas pra realizar mas acabam tolidos pela pressão do mercado, já que os investidores querem é dinheiro.Tai uma coisa pra se pensar quando seus netos começarem a achar que "MW 45" e "Battlefield: Kinshasa" estiverem sendo apenas mais do mesmo daqui a alguns anos...

Pena novamente porque o jogo deixa um brecha enorme pra uma continuação que talvez nunca seja lançada. Pois bem, resta esperar. Enquanto isso, você que não jogou ainda tem uma boa chance de salvar a irmã de Faith e desmascarar a verdade por trás da conspiração  que tenta obter o controle total da informação numa cidade "perfeita". Jogando ou não vale a pena ouvir a bela trilha sonora do jogo, que em muitos aspectos me lembrou Portal. Aliás, a atmosfera com cenários extremamente limpos e tons de branco imperando, junto a sensação de estar sendo vigiado e a forma de descobrir como superar os obstáculos (que não deixa de ser um tipo de puzzle) lembram-me bastante do jogo da Valve.

Fique então com uma amostra, Still Alive, a música que toca no encerramento do game (que curiosamente tem o mesmo nome da música de Portal).