Social Icons

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Zerei! The Walking Dead The Game Episode 5 (Review)

Já falei do game baseado em  The Walking Dead algumas vezes (aqui e aqui) e o plano era analisar todos os episódios da temporada, mas devido a  preguiça  motivos de força maior, acabei fazendo reviews apenas do primeiro e segundo episódios, elogiando euforicamente o trabalho da Telltale Games até então. Agora com o episódio cinco terminado não tenho outra alternativa senão enaltecer ainda mais o game que termina tão envolvente como começou se tornando a maior surpresa de 2012 (dane-se Disonhored!hehe -brincadeira, esse também é bom).
Mas antes de falar do jogo em si temos que ver quão grande foi a façanha da Telltale: com um jogo tecnicamente simples, num estilo desprezado por grande parte da geração atual de gamers, sem recursos extras (apesar do replay alto) e dividido em episódios curta duração a empresa conseguiu fazer quem nunca jogou (ou quis jogar) um adventure point & click experimentar-e gostar do seu game.
Sem dúvidas a similaridade com as famosas HQs de Robert Kirkman e a mania zumbi foram grandes influências positivas, mas a capacidade de contar uma boa história e dar ao jogador a  sensação de ver  que suas escolhas influenciavam diretamente nos rumos dela foi o maior trunfo da desenvolvedora. 

Pouco tempo, uma cidade infestada por zumbis e sua protegida nas mãos de um maníaco. É pra enlouquecer qualquer um.

Após o fiasco do sistema de cenas de Jurassic Park a Telltale conseguiu surpreender até mesmo seus fãs mais antigos  inovando no gênero sem fazer grandes alterações nas mecânicas tradicionais dos Adventures point & click: Diminuiu drasticamente a quantidade de puzzles, eliminou o tradicional inventário e inseriu um sistema de escolhas que lembra bastante o de Mass Effect, com a "pequena" diferença de se ter um curto espaço de tempo entre uma opção e outra.  Enquanto no famoso jogo da Bioware, o comandante Sheppard pode fazer seus interlocutores esperarem infinitamente por uma resposta (quem já não largou o controle para pensar numa decisão importante em ME?), o protagonista de TWD, Lee Everett tem segundos pra escolher respostas e decisões que geralmente vão interferir na duração da vida de algum outro personagem e consequentemente interferir na impressão que os outros sobreviventes do grupo tem sobre ele. 
Assim como em ME, as escolhas feitas em um episódio são levadas para o seguinte, dando a impressão de se ter um jogo único para cada jogador. Na verdade, o final da história já está definido, mas essas escolhas transformarão drasticamente a jornada de Lee e da pequena Clementine até ele.
Falando do final, o episódio 5 carinhosamente entitulado "no time left" (não resta mais tempo) dá ideia do que aguarda o grupo. 
Após escaparem de bandidos, enfrentarem uma família de fazendeiros loucos, fugirem de um exercito zumbi em um trem e buscarem remédios uma escola infestada, o grupo, que a cada episódio diminui de maneira dramática se vê em uma cidade totalmente tomada por zumbis e ainda precisam fazer um resgate desesperado.

Lee não mede esforços e vai as ultimas consequências para encontrar e proteger Clementine.

O episódio 5 já começa forçando o jogador a tomar uma decisão radical já que Lee tem pouquíssimo tempo para encontrar a Celementine, capturada por um homem misterioso no capítulo anterior antes que o pior aconteça. O maior trunfo de TWD The game pra mim,  foi optar por um enredo que assim como nas HQs centra a história no drama entre os personagens, "vivos vivendo em um mundo de mortos" ao invés de focar em combate com zumbis. A trama te faz sentir ansiedade, raiva, medo e até mesmo arrependimento a cada avanço que se faz nos episódios. É tudo feito de uma maneira a pertubar o jogador.Não existem decisões "certas" ou "erradas", não existem decisões "boas". Lee sempre estará direta ou indiretamente prejudicando alguém (muitas vezes ele mesmo) pela sobrevivência do grupo. 

O segredo é não olhar pra baixo...

No ultimo episódio isso é levado ao extremo e do começo ao final praticamente não há um momento de descanso. O grupo, que dependendo das escolhas do jogador se une ou não para ajudar Lee em sua busca .mais vai se desfazendo aos poucos até o confronto final  Não há mais tempo a perder e Lee, até então a voz da razão entre o grupo,  vai se tornando cada vez duro, desesperado e radical, indo até as ultimas consequências para conseguir salvar a garotinha que se tornou no único motivo que ainda o mantém vivo em um desfecho que é extremamente tenso e até mesmo difícil de se imaginar em um jogo do gênero.
Mesmo sabendo que uma segunda temporada já estava confirmada para 2013 quando o episódio 5 saiu, o final me surpreendeu e assim como nos 4 episódios anteriores me deixou desesperado pra jogar a nova  história. 
O arco do Lee se fecha de maneira emocionante e o gancho para a sequência faz com que o jogador sinta que a história está longe de acabar... e dificilmente terá um final feliz. Mas não custa torcer.
Quanto as mecânicas, a Telltale continuou usando vários Quick Time Events nas horas de ação, mas brincar com a tensão do jogador fazendo com que não aconteça nada em uma cena com jeito de cena-susto só pra pega-lo em uma outra seguinte.

Um dos momentos de tiro ao zumbi do game...mas só com 5 balas.

Dessa vez tentei não colocar spoilers, porque esse episódio é de explodir cabeças. Se você ainda não jogou o game, mas curte boas histórias ou a série (e principalmente as HQs) de The Walking Dead tem a obrigação de comprar a season one inteira e jogar agora mesmo! Garanto que serão as 10 horas mais divertidamentte angustiantes que você terá com games nos ultimos tempos. Não posso deixar de elogiar o trabalho excepcional de dublagem, comum a todos os jogos da Telltale, mas que realmente fazem toda a diferença neste game. os atores que interpretam o melancólico Lee Everett e a pequena clementine mereciam um prêmio de tão convincentes.


A Telltale provou que não é preciso um investimento milionário nem grandes recursos técnicos (se bem que já está na hora de mudarem a engine dos jogos) para emocionar e prender o jogador. O jogo é certamente o melhor trabalho deles até então e um dos grandes títulos lançados em 2012, conseguindo se sobressair em meio a tantos outros ótimos títulos AAA que saíram no decorrer do ano.


Trailer:


Prós: Foco na história envolvente que prende o jogador e consegue transmitir tensão e drama; jogabilidade simplificada; personagens carismáticos; sistema de escolhas dinâmico; dublagem excepcional.

Contras: Gráficos simples demais para os padrões atuais, comandos um pouco travados as vezes.

Nota: 



PS: a partir desse review, o sistema de notas sera de 0 a 5 representados pelos Memory cards acima.^^

4 comentários:

  1. Após tanto tempo sem nada , voltas com um review excelente. Walking dead é muito bom mesmo . Está na minha lista. Faça um post de jogos do ano também , odeiei a lista da Spike XD.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Opa, Obrigado Jorge. Que bom que gostou do review. Rapaz jogue assim que puder, não vai se arrepender. O legal de comprar a partir de agora é que não vai precisar ficar esperando o lançamento dos episódios.

      Bacana a idéia de um post sobre os melhores, vou ver o que dá pra fazer, só não espere algo muito justo.hehe

      Excluir
  2. Caramba, tô com muita vontade de jogar esse jogo. Só não entrei no clima correto ainda pra aproveitar uma história marcante dessas :-)
    Tô no modo porrada xD

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pega na promo de natal Erick. Ae vc intercala ele entre as porradas do sleeping dogs e do castle crashers. Sem falar que TWD tem alguns lapsos de ação bem intensos em cada episódio. Se curte bos histórias não vai conseguir largar antes de terminar.hehe

      Excluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...