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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eu, Kratos e o segurança da Mega Store ¬¬

Bem, mais uma vez o blog entrou em "recesso forçado". Dasta vez o total abandono do site se dá pelo fato de que estou sem acesso a internet tanto no trabalho quanto em casa. Coisa de deixar qualquer viciado no Steam  blogueiro maluco, mas fazer o quê né? Espero estar voltando a normalidade na semana que vem.
 Até lá, fiquem com um conto perdido da Gamenerd (pobre) chronicles narrando uma inesquecível experiência envolvendo um PC gamer pobre, um Playstation 3, a demo de God of War 3 e... um segurança da loja onde eles estavam a mostra!

Eu, Kratos e o segurança da Mega Store ¬¬

Lá estava eu, voltando de uma fatídica manhã de pagamentos no shopping (sim, pobre vai ao Shopping pra pagar contas, dos outros ainda por cima¬¬) quando “por acaso” me vi diante de uma certa livraria “mega store” que por sinal possuía uma interessante seção dedicada a videogames com direito a consoles rodando os lançamentos da semana. Já que estava por ali mesmo, por que não entrar para uma visita rápida?- JURO que não tinha a mínima intenção de passar mais de 15 minutos naquele ambiente pernicioso (para o bolso) mas não pude deixar de notar a demo que rodava no Playstation 3 da loja: era nada menos que o épico e aguardadíssimo God of War 3! A mesma demo que tinha feito barulho ao ser exibida na E3 12009 estava ali bem diante de mim e apenas um trio de estudantes fardados (provavelmente filando aula) me separavam daquela oportunidade única de conferir a nova aventura do vingativo Kratos!. Como já disse, não estava disposto a gastar 5 preciosos minutos do horário de trabalho em coisa tão “insignificante”.- 5 minutos era o tempo determinado pela loja para a permanência nas demos para evitar que os fominhas passem horas pendurados por lá- desnecessário mencionar que essa regra era solenemente ignorada pelosa freqüentadores do local num esquema de “espere a sua vez que eu espero quando você jogar”- A média de espera em jogos single-player era 30 minutos (ainda bem que eles só colocavam versões demo dos jogos...)

Pois bem, dada a importância daquela experiência a acabei esperando pra ver se conseguia jogar um pouquinho. Se bem que após 30 minutos assistindo o poderoso Kratos cair de todas aas formas possíveis na primeira plataforma que exigia pulo duplo no game, já começava a sentir um misto de desânimo e ódio espartano para com os três burros mancebos que pareciam possuir cascos no lugar das mãos de tão mal que jogavam. Na 50° queda seguida dois dos meninos desistiram, mas um deles se negava a largar o joystiq (e aceitar qualquer tipo de ajuda usando o modo adição off (uma técnica muito comum para evitar a perda de vez ao controle). Quando pensei que finalmente o moleque cairia fora, o infeliz resolveu voltar todo o caminho que tinha feito só pra pirraçar. Ai foi a gota d’gua: tomado por um acesso de fúria, resolvi quebrar a regra do “espere a vez que espero na sua” e tomei o josytiq da mão do garoto gritando “deixa ver se passo para você menino!”
Foi então que pude finalmente curtir um pouco do game depois que os garotos decidiram ir para casa após descobrir que bastava apertar o botão de pulo duas vezes e mante-lo pressionado para que Kratos pulasse maias alto e usasse as asas de Ícaro pra alcançar a plataforma em frente...(até eu que nunca tinha jogado God of War sabia disso) como eles haviam avançado o equivalente a 2 minutos da demo, daria para aproveitar todas as partes legais daquele épico game. Incrivelmente, o stand estava vazio (já que todos que estavam esperando cansaram e foram embora) logo poderia jogar sem ser incomodado.
O game realmente estava esplêndido, apesar de poucas mudanças na jogabilidade (para que?) os gráficos HD realmente cumpriam o prometido e Kratos estava com um visual ainda mais ignorante. Os combates continuavam um verdadeiro deleite para aqueles momentos de fúria em que dá vontade de quebrar alguém. Os inimigos atacavam em bandos maiores e era possível aniquilá-los ainda mai brutalmente. Logo começaram a voar pedaços de soldados esqueleto para todos os lados, nada melhor que agarrar um coitado e usá-lo como escudo para passar por cima de todos os outros e depois arremessá-lo precipício abaixo...
Continuei em frente trucidando todos os pobres coitados que passavam pela frente do fantasma de Esparta, não perdoando sequer os pobres civis que acabavam aservindo de exemplo para aplicação prática da expressão “minha cabeça explodiu”.
Tudo seguia tranquilamente até a parte da demo em que Kratos tem de usar uma espécie de catapulta para ajudar o titã que está atacando a cidade a acertar o deus Heilos que parece um vagalume hiperativo de um lado para o outro.
Enquanto lutava com o grifo que protegia A tal arma, notei que alguém se aproximara do estande e observava atentamente a jogatina. Olhei de relance e vi que era um homem alto careca e que graças a Deus não estava empunhando aas blades of Athena!...era um dos seguranças da loja. A princípio pensei que estivesse ali para me reclamar pelos maias de 30 minutos ultrapassados do prazo regulamentar, mas ele apenas observava atentamente a tela e os movimentos que fazia no joystick sem fio do PS3 com um interesse incomum, quase como se quisesse aprender, mas obviamente não poderia fazê-lo devido ao exercício de sua função. Poderia estar ali um possível fã de games acabando de se encontrar ao ver aquelas cenas belíssimas de esquartejamento, mutilação e violência gratuita! Enquanto o sangue do grifo-sei-la-o-que jorrava pela tela através de dasmembramento via quick time event me emocionava com a situação de meu colega gamer carrancudo. Naquele momento, tomado de íntima compaixão decidi que não deveria jogar, mas fazer daqueles instantes um espetáculo para aquele pobre rapaz.
Daí comecei a levar a luta a sério, fazer cada movimento com perfeição, matar todos os inimigos com os quick time events mais estilosos possíveis, não podia errar nenhuma seqüência para não fazer feio diante do segurança, que parecia cada vez mais atento aos movimentos no gamepad sem fio do PAS3 em minhas mãos. Dai até a parte em que Kratos arranca a cabeça de Helios para usar como lâmpada passaram-se os 45 minutos (tinha de ir devagar, afinal a pressa é inimiga da perfeição não?) mais milimetricamente bem jogados que fazia desde os tempos em que jogava KOF e Street Fighter nos arcades (e sempre perdia por sinal).
 Então, após a seqüência final animal em que Kratos voa em alta velocidade tendo que se desviar dos obstáculos no cenário, ao ver a tela final da demo, fui colocando o joystick sem fio sobre a mesa e me afastei com um sorriso e sentimento de dever cumprido sem olhar para o meu recém-adquirido fã.-Tinha ensinado a ele tudo o que podia, agora ele poderia tentar jogar no futuro e certamente não cometeria os erros doas três estudantes newbies que haviam passado por ali. Foi então que o homem olhou para mim e disse

-“Senhor, vai usar o controle ainda?”

-Ao ouvir o vago "não" que balbuciei, o segurança virou as costas e sumiu por entre as prateleiras rapidamente.

...

ATÉ Hoje ainda acho que ele estava usando a desculpa de esperar o cliente folgado largar o controle para ver um mestre de verdade jogar...

2 comentários:

  1. A historia mais estranha que eu ja vi.Bem comigo foi diferente,estava a jogar um demo do pes 10(sim eu sou profesional eu derrotei o christopher morais que é o campeao mundial de pes 10)e estao aparece uns miudos a dizer es um fraco e tirou o comando das maos e quando viu a score 10-0 em professional deu-me o comando e foi se embora

    Over and out

    Jor123456

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  2. Puxa Jorge, a humilhação dos miudos diante da sua habilidade deve ter sido maior que a minha diante do Segurança...bem, acho que não.Hehe.

    PS: cara nem sei pra que lado vai o controle de PES ou qualquer jogo de futebol...

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