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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Jogando...Final Fantasy XII

Oh sim! Depois de 6 anos, finalmente pude jogar de verdade Final Fantasy XII. (antes tarde do que nunca não?XD). Enquanto aguardo a chagada da minha edição de colecionador comprada no Mercado Livre, resolvi escrever um texto enorme e divagante, pra variar pouco(hehe) sobre este belo presente da Square-Enix no fim da vida do PS2.

Final Fantasy XII chegou em 2006 ao PS2 com a responsabilidade de resgatar o prestígio da série, abalado pelas dezenas de jogos e continuações de qualidade duvidosa lançados pela Square-Enix desde Final Fantasy X-2, além de ser o primeiro dos títulos principais a ser feito após saída do criador da série Hironobu Sakaguchi.

O jogo e trouxe muitas mudanças, algumas, influências do de seu antecessor online, outras, dos jogos anteriores de seu diretor Yasumi Matsuno responsável por cults do PsOne como Vagrant Story e FFTatics. O jogo foi muito bem recebido pelo público e crítica, tornando-se um dos 10 jogos do PS2 mais vendidos de todos os tempos além de ser o 1º e único game do console a levar a nota máxima (40/40) pelos analistas da conceituada revista japonesa Famitsu. Curiosamente, o único game de PsOne a ter recebido tal nota também foi dirigido por Matsuno (Vagrant Story).
Enredo

A história de FFXII se passa no mundo de Ivalice, o mesmo dos clássicos Vagrant Story e Final Fantasy Tatics, porém sem nenhuma ligação com o enredo dos mesmos. Aparentemente FFXII se passa alguns séculos depois de VS e FFT e traz uma ambientação medieval-hi-tech que lembra bastante FFVI e IX, onde reinos e culturas muito semelhantes aos da nossa era medieval convivem com magia e tecnologias avançadíssimas como as tradicionais (na série) Airships, gigantescas naves de transporte e batalha. 
O jogo começa em meio a uma guerra encabeçada pelo poderoso império Archadiano que tenta tomar o controle dos países vizinhos, massacrando o reino de Nabraldia, cujo príncipe Rassler acabara de casar com a herdeira do reino vizinho, Dalmasca. Abalado com a destruição de seu reino, o príncipe parte para lutar, mas acaba morrendo e piorando ainda mais a situação. Temendo o pior, o rei de Dalmasca decide fazer uma rendição pacífica a Archadia afim de acabar com o derramamento de sangue da guerra. O jogo começa colocando o jogador no comando de Reeks, um jovem soldado voluntário de Dalmasca que liderado pelo experiente general Bash tem a missão de proteger o rei de uma tentativa de assassinato mas também acaba falhando (e morrendo) ao descobrir que Bash “traiu” sua nação e matou o rei.. 
Em seguida ocorre um salto de 2 anos no tempo e o controle passa para Vaan, um adolescente órfão nascido em Dalmasca que vive roubando os soldados do império no melhor estilo Aladim. Ele é o irmão mais novo de Reeks. Ele não se conforma com o domínio do império sobre seu país e sonha é ser um “Sky pirate” e ter sua própria nave. Ignorando os pedidos de sua amiga de infância Penelo (que claramente tem uma queda por ele) Vaan invade o castelo real em busca de tesouros para dividir com os pobres e acaba conhecendo com Balthier, (um pirata aéreo de verdade) e sua fiel parceira Fran que também estão atrás de algo. Durante conturbada a fuga, o trio acaba preso nos esgotos da cidade. Lá eles encontram a misteriosa líder da resistência que alega se chamar Amélia, mas na verdade é a princesa Ash que sobreviveu a invasão e luta para reaver seu reino e a liberdade para seu povo. Vários eventos acontecem e o grupo acaba preso. Enquanto escapam das masmorras, acabam descobrindo que o traidor Bash ainda estava vivo e insistia em alegar inocência, afirmando que seu irmão gêmeo era o responsável pela armação. Apesar de Vaan não acreditar nele inicialmente, eles libertam o guerreiro, e a partir daí começa de verdade uma longa jornada em busca pelo mundo de Ivalice, repleta de intrigas, manipulações e jogos políticos, onde os heróis vão descobrir que a situação é muito mais grave do que parece.
Bem, caso não tenha ficado claro ainda, o enredo de FFXII ao contrário dos seus antecesores mais famosos (FFIV, FFVII, FFVIII, FFIX, FF X) foca muito mais nos acontecimentos geopolíticos que nos dramas pessoais de seus personagens, e  lembra em muitos aspectos a saga Star Wars (rebeldes contra o império do mal, protagonista ingênuo e inexperiente, princesa rebelde, caçador de recompensas com uma parceira não-humana extremamente fiel...). 
Se por um lado o enfoque menos centrado nos personagens  torna o jogo mais “adulto”, por outro deixa o jogador menos apegado aos mesmos. Aliás, esse é um grande problema do roteiro ao meu ver, pois  deixou de explorar o potencial dos vários personagens carismáticos do jogo. (definitivamente, não existe nenhum momento "meu Deus, ele matou Aeris" no game. Pena!).
Falando em carisma, o jogo falha ao tentar seguir o padrão de Final Fantasy VI e não ter o foco em apenas um protagonista pois ao contrário do clássico do Snes  não consegue fazer isso muito bem. Apesar do game começar com Vaan e o jogador controlá-lo toda vez que entra em uma cidade, o jovem aspirante a pirata é um dos personagens mais apagados do jogo, não por falta de carisma, mas simplesmente porque ele e Penelo não são bem encaixados no enredo. Enquanto Bhaltier, Bash, Ashe (que realmente é o centro da história) e até mesmo Fran (que pouco fala durante o game) tem motivações bem definidas e objetivos claros durante a jornada, Vaan e Penelo parecem apenas duas criancinhas acompanhando “gente grande” em um passeio. 
Mesmo NPC’s como Larsa e Reddas conseguem um destaque muito maior que Vaan quando aparecem. Uma pena. A continuação de FF XII, lançada pra Nintendo DS com o subtítulo Revenant Wings aparentemente consertou isso, fazendo de Vaan (já um Sky pirate de verdade) e Penelo protagonistas de fato. Mas isso é outra história.

Jogabilidade
Talvez o maior destaque desta versão, o sistema de batalhas de FFXII muda bastante, se assemelhando muito com os MMORPG’s: não existem mais batalhas aleatórias, os inimigos são visíveis na tela e podem ser evitados os combates são rápidos, quase que em tempo real. Os personagens ainda atacam por turnos mas o jogador pode move-los livremente pelo campo de batalha, ou melhor, move-lo, já que só se controla de fato um personagem. O restante do grupo é controlado pela  AI do game, que segue ao inovador sistema de Gambits. Ao invés do jogador escolher um padrão pré-definido de ataque, defesa ou suporte como no clássico Tales of Phantasia ou KoTOR, define-se um conjunto de ações em ordem de prioridade e o computador segue rigidamente essas ordens.
Cada personagem tem um conjunto de “slots” onde podem ser configuradas as gambits. Essa quantidade pode (e deve ser aumentada no decorrer do game) As Gambits se baseiam em um alvo , uma causa e uma ação. Exemplo:  “Foe” -> “Any”–> “Atack” – Faz o personagem atacar qualquer inimigo visível automaticamente; ou “Ally”->”HP critical”->”Potion”- que faz com que o personagem use uma potion automaticamente em qualquer aliado com pouco HP.No entanto, caso a gambit do ataque que citei estiver numa posição acima da de cura, o personagem só realizará a ação de curar o aliado,após atacar todos os inimigos visíveis. Gambits bem organizadas podem tornar a dungeon mais difícil em um passeio no parque, praticamente automatizando as batalhas. No entanto, o contrário pode tornar as batalhas um verdadeiro caos para o jogador. Conforme se evolui no jogo pode-se adquirir novas “ordens” com mercadores específicos.
Para quem gosta de decidir a moda antiga, é possível desativar as gambits e usar o tradicional menu, mas como os inimigos não esperam muito tempo para atacar, termina ficando muito mais difícil de jogar, sendo recomendável adequar as gambits para cada área e deixar apenas o personagem na liderança no modo “manual”.
 Um detalhe curioso das batalhas é que não existe mais aquela musiquinha de vitória ao se derrotar os inimigos, exceto quando se derrota os chefes. Ai aparece uma mensagem de “Congratulations” enquanto os personagens fazem uma pose de vitória que lembra as passagens de chefe de Vagrant Story, e não deixa de ser uma homenagem aos "velhos tempos" da série.
O sistema de evolução também é original, lembrando o de FFX, com algumas simplificações. Para adquirir o direito de usar armas, equipamentos, técnicas, magias e summons, o personagem deve liberar o slot correspondente na License Board, uma espécie de tabuleiro, onde cada casa representa uma habilidade diferente. Ao se derrotar inimigos ganha-se license points e estes são usados para liberar os espaços adjacentes aos que já se encontram abertos, sendo que cada setor do tabuleiro aglomera um conjunto de licensas específico. Assim como as gambits, parece confuso no início, mas na verdade é bastante simples.
Outra peculiaridade do game é o fato de que poucos inimigos deixam dinheiro ao morrer. Ao invés disso, a grande maioria dos adversários possui itens que podem ser roubados ou saqueados após a sua morte. O "Loot" pode ser vendido a praticamente todos os mercadores do game e é a forma mais eficaz de jundar dinheiro.
As summons, tradicionais invocações que são quase marca registrada na série, também foram bastante modificadas nesta versão, lembrando bastante as de Kingdom Hearts.Infelizmente foi uma mudança ruim. Ao invés de disparar um ataque espalhafatosamente poderoso  como nas versões antigas, quando um personagem invoca uma summon, o restante do grupo desaparece e o ésper (mesmo nome das summons de FFVI)  invocado  passa a acompanha-lo atacando os inimigos e aleatoriamente usando um ataque especial. O problema é que logo o HP dos Espers se tornam menores do que o dos seus inimigos e muitas vezes acabam morrendo poucos segundos após a invocação, tornando-se totalmente dispensáveis no jogo. Sem dúvida, a pior mudança desta edição. Outro detalhe é que as Summons tradicionais como Ifrit, Alexander, Shiva e companhia, agora nomeiam Airships do império e deram lugar a criaturas baseadas em monstros de Final Fantasy Tatics (Como Belias e Mateus) e chefes de FF’s Antigos, como Zeoromus de FF2. Vale citar que para conseguir uma summon deve-se primeiro encontrá-la e vencê-la para que um personagem possa habilitá-la em sua license board.Pena que não compensa o esforço.

Gráficos e som

Bem, tecnicamente, o jogo é um dos melhores do PS2 e supera até alguns games da primeira leva do Xbox 360. Os gráficos são MUITO bonitos e bem acabados, as texturas são ótimas e os cenários e design de personagens num estilo medieval mais europeu que japonês (como em Vagrant Story e FFTatics) deram um ar mais adulto e realista ao game. 

As CG’s são do padrão Square de qualidade: simplesmente sensacionais. As músicas e efeitos sonoros, apesar de não superar os jogos anteriores , são bastante competentes também. Não existe nenhuma música “explodidora de cabeças” como One Winged Angel (FFVII) ou Libere Fatale (FFVIII) mas a trilha cumpre bem o seu papel.

Replay

Como todo FF que se preze, o jogo traz uma jornada extensa para se cumprir a história principal, (sendo um pouco mais longa que FF IX e X: no mínimo umas 50 horas),e pelo menos o dobro desse tempo com extras e sidequests, sendo talvez o FF com mais conteúdo opcional que já joguei. A sidequest das Hunts começa junto com o game e se extende até o final, podendo levar muito mais tempo que o jogo principal. Além disso, ainda existem dezenas de pequenas missões que os moradores das cidades (movimentadas como cidades de MMORPG’s) tem pra dar a jogadores interessados em conversar, um bestiário que lista todos os monstros do game, vários chefes secretos, áreas enormes totalmente opcionais  e até uma espécie de Achievements; o Sky Pirate’s Den, que dá um “troféu” no formato de um dos personagens do game e um título ao se cumprir objetivos bem específicos para quem gosta de desafios. Resumindo, terminar esse jogo com 100% é uma tarefa para poucos.
Conseguir todos esses bonequinhos dá um trabalho...

Conclusão

Final Fantasy XII não foi uma unanimidade, principalmente entre os fãs mais “xiitas” devido as mudanças drásticas nas batalhas e a história mais lenta (principalmente no ínicio). Há quem diga que o jogo seque tem jeito de FF, o que é um exagero.Trata-se de um jogo excepcional que honra sim, nome da franquia.
O jogo presta uma homenagem a vários jogos antigos da série, principalmente Final Fantasy VI e é lotado de referências que só fãs antigos podem perceber (como as Marks/boses DeathGaze, que é uma referência clara a Doom Gaze atacandoAirships aleatóriamente, e Orthros, praticamente uma cópia do chatíssimo Ultros, só pra citar dois exemplos)
as magicites, os Espers e por ai vai) e merece ser jogado por qualquer fã de RPG, sendo obrigatório para fãs de FF.
Ah, sim! Não poso deixar de registrar o desejo de que as Vieras existissem no mundo real, principalmente a Fran, (que tomou o posto Quistis (FFVIII) no meu top-nerd pessoal de personagem virtual mais linda XD).

O melhor:
  • Sistema de batalha muito dinâmico;
  • Extinção das batalhas aleatórias;
  • Fator replay imenso com MUITAS sidequests, áreas e itens opcionais
  • Um dos melhores gráficos e CG's do console
O pior:
  • Alguns personagens parecem mau aproveitados e sem carisma;
  • O enredo, apesar de interessante, se perde um pouco no final;
  • Ter que recomeçar do zero porque abri um baú no início do game e com isso perdi a chance de ter a melhor arma do jogo sem saber.¬¬
Nota: 9,0
 
 Para saber mais:

6 comentários:

  1. jogando final fantasy xii. Eu estou a jogar o 1 agora para relembrar os tempos old school (embora o 1 cá seja o 2 no japão!).

    Over and out

    Jor123456

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  2. Puxa, foi no fundo do baú hein Jorge?O 1 eu joguei bem pouco no emulador, a versão original de NES, mas tem que ser MUITO retro-gamer pra encarar ela. A de PSOne e Gba/DS são mais amigáveis. Qual delas vc tá jogando?

    Eu tô tentando terminar o FFVI do Snes no emulador, inspirado pelas referências de FFXII, mas ainda estou "empacado" na metade...

    Valeu pelos comments chapa, Abraço!

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  3. Por acaso estou a jogar a de nes pois comprei uma nova no ebay para tirar alguns jogos que estavam já cheios de pó (como o final fantasy 1 por exemplo). Mas também por acaso joguei outras versões que como você disse são bem mais amigaveis.

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  4. Rapaz, vc comprou um NES de verdade?Isso é que é ser old School!hehe
    Achar um NES "inteiro" aqui no Brasil até que não é difícil, agora cartuchos como Mario Bros 3, Metal Gear e Final Fantasy 1, chegam a custar muito mais que o próprio console...

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  5. eu estou jogando ffXII agoora!!eu amo a serie a unica coisa q me tira da frente do play é uma bela garota(xd)

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  6. É um ótimo game... porém a versão "International Zodiac Job System" é melhor... só em itens e outras coisas q não existem possibilidades de serem feitas na versão normal... eu sou o único q tem ele a partir deste mês... pois foram retirados os seeders e os links para download dele... xD

    Qq dia eu upo para o pessoal da web... ^^

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