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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Zerei! - Rogue Galaxy (PS2)

Rogue Galaxy é um RPG de ação da Sony desenvolvido para Playstation 2 pela Level-5, (que mesmo sem o Professor Layton, já era conhecida na época pelo excelente trabalho com Dark Cloud 2 e Dragon Quest VIII)  lançado no Japão em 2005, mas só chegou ao ocidente em 2007. O atraso foi compensado com melhorias no gameplay e a adição de vários extras interessantes que aumentaram ainda mais o imenso fator replay do jogo. Apesar de não ter sido tão conhecido como Final Fantasy XII, o jogo é semelhante em muitos aspectos ao (controverso) título da Square-Enix e para muitos conseguiu supera-lo com louvor.
Enredo

Assim como em Final Fantasy XII (leia o review aqui, please), pode-se notar várias influências do clássico Star Wars, com direito a cópias descaradas dos clichês da série como um protagonista jovem com um poder oculto, caçadores de recompensas espaciais e  um império que quer dominar a galáxia.
Tudo começa quando Jaster, um garoto de 17 anos que sonha em explorar o espaço mas vive no árido planeta Rosa trabalhando como caçador de monstros para o exército local  com seu pai adotivo, um padre chamado Raul, é confundido pelos tripulantes da nave pirata Dorgenark com o lendário caçador Desert Claw. Graças a sua habilidade de luta ele termina sendo recrutado para fazer parte do grupo. A partir dai viaja por diversos planetas numa jornada repletas de surpresas onde o futuro da galáxia estará em jogo.
No decorrer do game, vários personagens se aliam à tripulação da Dogenark, cada um com sua motivação específica, sendo que o grupo de herois acaba sendo formado por oito personagens: Jaster, Zegran, um experiente e misterioso pirata "contratado" pelo capitão Dargengoa bem antes de Jaster; Kisala, a corajosa filha de Dargengoa; Simon, o engenheiro da nave, que foi um dos responsáveis pelo "recrutamento" de Jaster juntamente com Steve, o simpático robô-piloto; Lilika, uma amazona do planeta Juraika; Deego, um ex-soldado do planeta Vedan e Jupis, um gênio temperamental especialista em computadores.  

Um épico espacial que ganhou o apelido de "Star Wars japonês" na época. Justo.


Gráficos

Os gráficos de RG são belíssimos. Fazendo uso da famosa técnica de cell shadding com animações perfeitas e ótimos efeitos, o visual do game  dá a impressão de se estar jogando um anime.Os cenários são vastos e bastante coloridos e os personagens não tem aquele contorno característico. É sem dúvida o jogo que melhor utilizou a técnica na geração PS2, explorando ao máximo o poder do console e superando neste quesito inclusive, Dragon Quest VIII, trabalho anterior da Level-5, que também utilizava o mesmo estilo gráfico. 

Acredite, o visual deste game impressiona ainda hoje...

Os personagens, tanto principais quanto NPC's e inimigos  são extremamente detalhados e bastante variados com destaque para os enormes chefões.
 Apesar de seguir um estilo visual diferente do foto-realismo de FFXII, o jogo concorre com o mesmo pelo título de melhor gráfico do gênero no PS2, alcançando o mesmo nível de esmero e perfeição técnica para os padrões da época.Dá gosto de ver.
Um dos pontos interessantes é a falta de load times. Após entrar em um planeta, é possível andar por áreas enormes sem telas de load.

Som

No quesito "audio", o game também não decepciona. Apesar de não ser tão impressionante quanto os gráficos, as músicas do jogo acompanha o clima dos cenários e os efeitos sonoros são competentes com atenção a detalhes como os sons do ambiente.

Jogabilidade

A jogabilidade do game é simples e envolvente. Se você já jogou algum game do gênero, não terá dificuldades para controlar Jaster e sua turma.A movimentação é similar a de um jogo de ação em 3ª pessoa com direito a botão de pulo. Falando em ação, as batalhas do jogo, novamente assim como FFXII, são em tempo real e no cenário em que se encontra, sem aquela mudança para "outra dimensão" que ocorre na maioria dos RPG's sendo que a movimentação e golpes se dão em tempo real, no entanto, apesar de não existirem "turnos",  cada personagem tem uma espécie de barra de stamina que decai a cada ação realizada e quando acaba, o personagem precisa esperar que ela recarrega para poder atacar novamente. O jogador controla o "lider" do grupo e os outros dois companheiros ficam a cargo da AI, sendo que é possível controlar suas ações a qualquer momento. Lembra muito o modo de batalha de FFXII, só que bem mais simples e dinâmico.

As batalhas do game são bem dinâmicas e divertidas

Replay

Caso não tenha reparado, estou comparando o game com Final Fantasy XII o tempo inteiro, mas é porque realmente os games rivalizam em vários pontos, e no quesito "replay" a competição fica bastante difícil, já que ambos os games exigem o sacrifício da vida social por meses (ou anos) caso o jogador queria completar 100%. Aliás, confesso que tive medo de encarar Rogue Galaxy por muito tempo, graças a fama de "mais de 100 horas de gameplay", principalmente depois de gastar 80h apenas pra terminar a história principal de FFXII. Mas não é bem assim. A campanha principal de RG leva aproximadamente 40 horas pra ser concluida, quase a metade de FFXII. No entanto, a quantidade de extras é tão absurda que você sente como se não tivesse explorado nada se apenas terminar a história do jogo. Assim como em FFXII, existem "hunts", caçadas a monstros especiais que rendem dinheiro e itens secretos. A diferença é que é bem mais difícil encontrar eles já que é necessário utilizar um item específico para que apareçam. Além das hunts, RG presenteia o jogador com duas sidequests que são minigames bastante distintos do jogo principal: os Insectrons e a Factory. O primeiro lembra uma espécie de Pokemon, e consistem em capturar e desenvolver insetos  para lutar em torneios valendo itens raros. Essas batalhas se dão de uma forma similar aos de jogos de estratégia por turnos e inclusive, dão a possibilidade de jogar em coop com outra pessoa.

Para participar dos torneios estratégicos  do Insectron, é necessário capturar os insetos, alimenta-los e treina-los. Dá um trabalho...

 Já a Factory consiste em coletar esquemas (blueprints) que podem ser utilizados para criar itens exclusivos. O interessante (e desafiador) é que o jogador precisa montar o maquinário e o layout da fábrica de maneira correta a cada item que se pretende criar. Descobrir copmo confeccionar cada item da factory exige paciência e bastente dedicação, mas é bastante interessante e diferente do estilo do jogo.

Na Factory é preciso obter os materiais certos e montar toda a linha de produção corretamente para se conseguir criar itens exclusivos

Como se não bastasse isso, ainda é possível misturar armas para criar novas (com um sistema semelhante ao "alchemy pot" de DQVIII), 9 "rare itens" escondidos e o Ghost Ship, um cenário que aparece após se terminar o jogo pela primeira vez. Quando você termina o Ghost Ship, ganha a melhor espada do jogo e a oportunidade de encarar um desafio ainda maior: o Ghost Ship Extreme, uma dungeon com 100 andares gerados aleatóriamente, semelhente ao Tartarus de Persona 3. Uma tarefa que não é muito difícil, mas exige MUITA paciência, mas a recompensa vale a pena!
Resumindo, é um dos RPG's mais viciantes que já joguei. Daqueles games que "sugam a vida" e te prendem de um jeito que você continua querendo jogar mesmo após ter terminado.Sem dúvida alguma faz parte dos 5 melhores jogos do PS2 de todos os tempos.

Mais uma "herança" melhorada de DQVIII: é possível encontrar várias roupas diferentes para mudar o visual dos personagens.

Considerações Finais 

Rogue Galaxy foi um dos ultimos grandes exclusivos do PS2 e apesar de não ser tão conhecido como os títulos da Square-Enix, é em dúvidas um dos melhores títulos do console.
É impressionante o cuidado que a Level-5 teve com os aspectos técnicos e diversão do game, adcionando uma infinidade de coisas extras para se fazer mesmo após terminar a história.
Em minha humilde opinião é um dos 10 melhores jogos do sistema e realmente supera FFXII (esqueça o mimimi dos fãs chatos da série, o XII é um dos melhores) dependendo do aspecto que você comparar. Se curte o gênero,  é obrigatório ter os dois.

Pros:
  • Gráficos sensacionais;
  • Jogabilidade;
  • Replay elevadíssimo;
  • Mini-games diversificados


Contras:
  • A história poderia ser melhor;
  • Alguns bugs chatos

Nota: 9,0

Trailer:
Pra saber mais:
Site oficial do game. Muito completo e interativo, com minigames e coisinhas para download. Vale a pena a visita: http://www.roguegalaxygame.com/

2 comentários:

  1. Onde posso baixar ele ! pois eu jogava e ele travava na hora que ia enfrentar um cara parecendo uma carta de baralho

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