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segunda-feira, 19 de março de 2012

Acabei de ler: Assassins Creed - Renascença

Depois de mais um sumiço de posts, voltamos a programação "normal" com algo um pouco diferente, pois dessa vez largamos o controle para nos divertirmos com um livro (baseado em games obviamente^^).

Assassins Creed: Renascença é a adaptação literária oficial do segundo (e para 90% dos fãs, o melhor) jogo da famosa franquia de games Assassins Creed. Escrito pelo romacista Oliver Bowden, o livro, que faz parte de uma série (cujos demais títulos ainda não foram publicados no Brasil) é um caso raro em que ao invés de adaptar livremente o enredo ou criar uma nova aventura expandindo o universo da saga, caminho mais comum quando ocorre essa mudança de mídia, o autor transpós quase integralmente jogo inteiro no texto.
Para quem não sabe, Assassins Creed é uma das franquias de maior sucesso da atual geração de consoles.
Os jogos, desenvolvidos pela Ubisoft se destacaram desde o primeiro game pelos gráficos, jogabilidade e pela trama adulta e cheia de referências a lugares e épocas históricas reais misturado o passado e o presente de Desmond, um bartender que em 2012 é sequestrado por uma organização chamada Abstergo Industries. Ele foi escolhido para um curioso experimente por ser descendente de uma linhagem de assassinos do "bem" pertencentes a uma ordem secreta que luta a séculos contra a (também secreta, porém "do mal") ordem dos Templários, grandes vilões na série.A Abstergo utiliza uma máquina chamada Amimus, capaz de reviver memórias genéticas do usuário fazendo-o encarnar virtualmente seus antepassados. Assim, tencionava extrair das memórias dos antepassados de Desmond, a localização de alguns artefatos conhecidos como "piece of Eden" (pedaços do Eden). Tais artefatos teriam o poder de controlar o mundo e unificá-lo segundo a vontade dos templários. No primeiro game Desmond revive as memórias Altair, um dos maiores assassinos da época das cruzadas. No segundo game (e nos 2 seguintes) ele encarna Ezio Auditore, um outro grande assassino só que desta vez a trama avança alguns séculos diretamente para a Itália Renascentista. O livro retrata com uma fidelidade absurda praticamente todos os eventos do segundo game.


Não sei se já citei por aqui, mas uma coisa que detesto em adaptações de games para outras mídias é a "liberdade poética" usada para adequar a narrativa do game a dos filmes, livros ou HQ's. Entendo que é necessário alterar algumas coisas já que as as os games sendo uma mídia interativa usam uma liguagem diferente das demais. O problema é que geralmente o resultado dessas adaptações consegue ser bem inferior a obra original, não passando muitas vezes de caça-níques as custas de uma franquia famosa (vide a série de filmes baseados em Resident Evil de Paul Anderson por exemplo - Ah, você gosta?-Sorry pelo seu mal-gosto.hehe).
Pois bem, não tive esse problema com AC Renascença. Devo confessar que dificilmente compro livros, principalmente romances, mas já tinha visto várias menções a ele em blogs e sites de games e acabei achando-o por acaso a um preço extremamente convidativo enquanto passava por uma loja de departamentos e não pensei 2 vezes. Na verdade, havia acabado de comprar o o game AC Brotherhood, cujo enredo se passa imediatamente após AC2, e o livro seria uma boa oportunidade pra entender a saga de Ezio já que ainda não havia jogado o game anterior.E não é que o livro conseguiu substituir o game?
Nele o autor fez uma narrativa detalhada contando exatamente os mesmos eventos do game, com direito a repodução exata de algumas falas e trechos do tutorial até, como no parte em que Ezio é treinado na arte de andar disfarçado na multidão. Praticamente todas as partes do jogo estão no livro, desde a juventude despreocupada de Ezio, a execução injusta de seu pai e irmãos e sua jornada como Assassino em busca de vingança.
A única liberdade da adaptação é o fato de não fazer qualquer menção a Desmond e aos eventos que ocorrem em 2012, retratando apenas a história de Ezio Auditore como se fosse um romance histórico comum. Essa omissão serve para tornar a leitura independente e acessível para qualquer leitor que nunca tenha ouvido falar em AC. Cá entre nós, não é uma perda muito grande já que apesar da história de AC ser na verdade a história de Desmond, ele é colocado de lado nos jogos e o grande destaque é sempre o assassino que ele encarna na Animus. Pessoalmente eu adorei esse opção da adaptação e sempre achei que a franquia poderia muito bem ser baseada apenas em histórias do passado sem essa confusão de proporção faraônica em que a Ubisoft transformou o roteiro dos games.

Concluindo, Assassins Creed Renascença é uma leitura bastante divertida, transpondo quase literalmente a excelente história de AC 2, podendo ser apreciada tanto por fãs que jogaram e querem relembrar os momentos mais marcantes da aventura, quanto para quem apenas quer ler um bom livro de ação com referências históricas. Só não espere nenhuma novidade.

Ficha Técnica:
Título: Assassin´s Creed Renascença
Autor: Oliver Bowden
Editora: Galera
ISBN: 9788501091338
Páginas: 378
Edição: 1
Ano: 2011

Se quiser ler uma análise não-gamer do livro, pode conferir esse excelente port do blog literário Lendo nas entrelinhas:
http://www.lendonasentrelinhas.com.br/2011/08/assassins-creed-renascenca-oliver.html

Recentemente a Ubisoft anunciou que trará neste mês de março, a sequência de AC Renascença, baseado em AC Brotherhood que assim como no jogo, continua exatamente de onde o anterior parou, mostrando a luta de Ezio pela liberação de Roma. Você pode ler as primeiras páginas do livro AC Irmandade aqui:
http://issuu.com/ubisoftbrasil/docs/assassins_creed_irmandade

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