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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Jogando: Resident Evil Outbreak

Depois de mais um longo período sem posts, nada melhor do que falar de um jogo onde mortos vivos são estrelas. Ironicamente o meu ultimo post foi um empolgado review sobre outro excelente jogo recente onde também abundam mortos-vivos (TWD The game episode 2), mas agora o assunto é nada mais nada menos que "A" série de games com zumbis: Resident Evil, em sua primeira investida na cooperação online, Outbreak.
Desde que vi um preview na saudosa EGM Brasil em 2001, fiquei maluco pra jogar o primeiro jogo da famosa série de survivor horror a transformar a experiência solitária dos games em uma corrida cooperativa com outros jogadores humanos. No entanto sabia que não jogaria tão cedo já que na época não tinha sequer previsão de ter um então-caríssimo Playstation 2 e muito menos acesso a internet de banda larga. Só não sabia que demoraria tanto! Mas antes tarde Duke nuken não é? 
E finalmente semanas atrás eu consegui meu disco original em um leilão, e pude sentir o gostinho do estilo clássico de gameplay da série, porém com algumas mudanças que deixaram ainda mais legal, mesmo só podendo jogar offline (os servers foram fechados em 2007). Aliás, uma ótima sacada foi dar a opção de jogar o game em modo offline.

Os sobreviventes de RE Outbreak. Cada um tem habilidades diferentes que vão de mais slots no inventário a se fingir de morto ou criar armas estranhas.^^

RE Outbrek, foi primeiro jogo da série a ter foco na jogatina multiplayer trazendo 8 personagens principais, sendo que cada um dispunha de ao menos uma habilidade especial ou item único que poderia facilitar muito em determinado cenário. Além da adição das habilidades, várias outras mudanças foram feitas para adequar o gameplay para partidas online, que tentaram tornar as partidas mais dinâmicas: o inventário e mapa foi bastante simplificado e acessa-los não interrompe a ação do jogo, sendo que o inventário padrão tem apenas 4 slots, fazendo com que a gestão de itens seja constante e compartilhada com seus companheiros de jogo, os personagens tem uma gama bem maior de movimentos como pular, se arrastar, segurar companheiros feridos e até lutar contra os zumbis, possibilidade de utilizar objetos como vassouras e canos para atacar os inimigos e cenários entre outas coesitas mas.
É possível trocar e dar itens e munição aos companheiros a qualquer momento, em tempo real.

O ponto ruim disso tudo é que o enredo ficou em segundo plano (quem liga pra enredo em jogo online né?). Ao invés de ter uma história unica sequenciada em RE Outbreak temos 5 cenários que narram de maneira não linear a tentativa de sobrevivência dos personagens. No jogo online até 4 jogadores poderiam explorar o cenário e se ajudar pra chegar ao final. No modo offline, São 3: o escolhido pelo jogador mais 3 controlados pela AI que pra variar, não funciona lá muito bem (lembra da Sheva?-É pior) mas dá pro gasto.
Uma das críticas feitas ao jogo na época era a impossibilidade de se comunicar via chat o por voz, limitando os jogadores a utilizar o sistema com comandos pre-definidos tipo: "venha", "ajude-me", "vá na frente" etc, o que apesar de funcional, limitava bastante a interação entre os jogadores, além de cansar com o tempo, de tanto ouvir as mesmas frases o tempo inteiro. Como obviamente só joguei offline, as frases encheram um pouco, e a IA incomodou bastante, já que na maior parte do tempo seu parceiro empaca (um dos dois sempre vai por outro caminho no início do cenário) e eventualmente acaba morto, mas dá pra contornar. Falando em morte uma adição inédita desse game que achei bem legal é o fato dos personagens terem de lidar com a infecção pelo T-Virus. Todos estão e jogando online, caso o jogador demorasse muito tempo na mesma fase e não usasse itens que retardassem o avanço do virus ele acabava virando um zumbi e se tornar um dos inimigos, podendo caçar os outros jogadores. infelizmente por motivos óbvios, não é possível fazer isso offline. Se a infecção chegar a 100% é game over. 

Uma coisa que não gostei é o sistema de saves que não funciona como os outros jogos. Em alguns pontos dos cenários tem máquinas de escrever, mas se o jogador salvar instantaneamente sai do jogo e se der load o save se perde. Condiz com a proposta online, mas é meio incômodo jogando sozinho. Outra novidade é a montanha de colecionáveis que o jogo tem para incentivar o replay e dar uma motivação a mais pra repetir o mesmo cenário diversas vezes. Além dos vários níveis de dificuldade, cada cenário, que dura em média 1h, tem várias ações específicas que devem ser feitas ao menos uma vez para se atingir 100%. Completando todas as ações (algumas são secretas e só acessíveis por certos personagens), desbloqueia-se o "infinite mode" onde as armas não quebram e a munição é infinita. Ao se completar um cenário ganha-se pontos que variam de acordo com  o tempo gasto armas utilizadas, sobreviventes vivos e ações concluídas e esses pontos servem pra comprar uma tonelada de extras que vão desde imagens e músicas da OST a personagens extras que podem ser desbloqueados em cada cenário (esses personagens são NPCs que se vê durante a história e não tem habilidades especiais como os 8 normais).

Mesmo sendo um spin of, o enredo de Outbreak é legalzinho e dá pra se sentir jogando um game clássico da franquia, principalmente pelo fato de se passar em vários locais conhecidos como o hospital de Recoon, e o laboratório subterrâneo de RE 2, sem falar da ponta que nosso amigo Nicolai (RE 3) faz no ultimo cenário. Apesar do jogo ser antigo os gráficos ainda agradam bastante e são bem melhores na minha opinião que jogos bem mais novos como Siren (que será mencionado em breve novamente por aqui). 
Enfim, eu gostei bastante de RE Outbreak. Compraria o File 2 (o segundo Outbreak é quase uma expansão, com os mesmos personagens e cenários novos apenas) sem pensar se achasse barato mas como vendeu bem menos que o 1º é bem difícil de se encontrar. RE Outbreak vendeu 1,5 milhões de cópias e fez um sucesso estrondoso no Japão. Pra você ter uma ideia, os servers japoneses só foram fechados em 2011! Os americanos encerraram atividades em 2007, o que já não era pouco tempo. 
File 2 trazia os mesmos personagens com alguns ajustes e cenários novos e maiores. Mas não emplacou.

Infelizmente devido a dificuldade de acesso, tanto a banda larga quanto ao modem e HD do  PS2 na época, o jogo acabou não fazendo tanto sucesso no ocidente e recebeu notas medianas pela mídia especializada por não acrescentar nada de novo a "mitologia" da série e conservar muito da jogabilidade  dos originais. Eu não vejo mal nisso, mas o povo esteva maio saturado até então. Uma pena, porque é divertido pacas.
E pensar que eu achava o esquema de campanhas do Left 4 dead original, quando a Capcom já havia feito coisa similar em 2003...
Ah, a música tema é minha faixa favorita de todos os RE atualmente.

10 comentários:

  1. Chapa por incrível que pareça eu fui jogar RE OB somente esse ano o.O algumas semanas atrás quando me reuni com um amigo para fazer uma jogatina noturna a moda antiga. Eu ja havia dado uma olhada no jogo na casa desse mesmo amigo em meados de 2005 ou 2006 não me recordo ao certo, e desde então ele ainda estava empacado no segundo cenário. Nessa jogatina conseguimos chegar até o último mas ainda não retomamos os esforços para finalizar o modo offline.

    Sobre o jogo, eu curti muito, imagino como curtiria se tivesse vivenciado no auge do lançamento como aconteceu com RE1, 2 e 3. Jogabilidade realmente muito semelhante ao estilo clássico e os bom e velhos sustos repentinos, os gráficos realmente não incomodam até hoje em dia, pelo menos pra mim em uma tv de tubo, fui tentar jogar na lcd e ficou tudo borrado =/
    Enfim, excelente post de retorno com esse excelente jogo que ainda vale uma boa jogatina.

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    1. Nossa, só jogou ele recentemente tbm chapa? Que coincidência.hehe Puxa, eu queria jogar ele a muito tempo, mas com essa mania de só comprar original demorou pra encontrar um a preço bacana. Eu confesso que empaquei um bocado nos cenários, principalmente no 2ª e no hotel e no ultimo (que é enorme. se nã quiser rodar a fase inteira tem que manter os aliados vivos e fazer om que um complete um caminho procê...e ainda tem o tyrant.!) tive de apelar pruns faqs....U_U

      Eu achei os gráficos massa, mas relamente fica meio borrado mesmo em tvs mais novas.

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  2. Nunca tinha ouvido falar do jogo(não estou muito ligado ao resident evil , embora goste da série).Nunca irei testar , mas não parece mau. Quanto a AI , é mesmo pior que a do re5 , meu deus , a capcom têm de aprender a fazer AIs para o RE

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    1. Nunca ouviu falar do jogo? Puxa. Realmente não é nada mal. A jogabilidade e gráficos são bem melhores que Code verônica que teve o port lançado pra PS2 em seguida. Na minha opinião é perfeitamente jogável principalmente se for fã da série. Vou garimpar o File 2 agora.

      Quanto a IA, não leve a mal, o jogo é de 2002/3. Era pérfeitamente aceitavel na época e depois que se acostuma, assim como em RE5 funciona a contento.

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  3. Até a AI do RE ORC não é boa, mas isso não é nada que impeça a apreciação do jogo, no RE5 deixei o bastão de shock com a Sheeva e ela não me atrapalhou em nenhum momento.

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    1. Perfeito chapa. Foi assim que usava ela tbm. bastão, modo cover e servindo de guarda-munição. Era uma maravilha. (só era chato no modo very hard na parte de salvar a Jill, mas dava pra contornar) O pessoal que não compreendia a Sheva e ficava falando mal.XD

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    2. Acho que o pessoal faz um bicho de 7 cabeças dela por causa da AI, mas tirando a parte de jogabilidade, eu gostei muito da adição dela no jogo.

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  4. Nunca joguei porque tenho a idéia já marcada na cabeça que é muito ruim xD

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    1. Muito ruim?? De onde tirou esse conceito errôneo chapa? Ele tem a jogabilidade dos clássicos melhorada e gráficos muito bons pro PS2. Mesmo jogando offline com a AI é bem divertido desbravar os cenários SE você curte a jogabilidade antiga. Tem uns conceitos bem legais, pena não poder jogar mais online.

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  5. muuuuito melhor que re6 e re5 e pesimos

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